sábado, 24 de março de 2012

A Salvaguarda

Criei este blog, porém a muito tempo não o atualizo, não conheço vinho o suficiente para fazer uma avaliação precisa daquilo que degusto, apesar de me considerar um consumidor com um volume bem acima da media , porém ao saber da tentativa das associações de produtores de criar barreiras para a importação fiquei irritado com mais esta forma de tratar sem respeito os consumidores.
Voltei a consumir vinhos a aproximadamente a 5 anos. Quando mais jovem havia consumido Sangue de Boi e eventualmente um ou outro vinho fino sem ter nenhuma noção, o luxo era poder uma vez ou outra em ocasiões especiais um Almaden.
Nesta volta comecei com Chateau Du Valier, pagando aproximadamente R$7,00 um ou outro Almaden, para ocasiões mais especiais um Seleção Miolo, pagando entre R$12,00 e 15,00
O problema (agradavel) que o vinho fino nos traz é que a medida que apuramos o gosto fica dificil retornar, assim, o vinho de 8, vira 15, vira 20 e devido o bolso, fica-se na media de 30
Nesta saga e graças a abertura que houve, pudemos experimentar novas uvas, (tempranillo, syrah,carmenere,pinot noir, etc), coisas que o vinho nacional não nos proporcionava.
Os vinhos nacionais que fogem do corriqueiro Cabernet Sauvignon e Merlot, tem um custo que extrapola em muito uma faixa razoavel, que a maioria dos consumidores podem pagar.
Daí o que fazer para que se consuma mais o vinho fino nacional, no meu ponto de vista:
1) transformar o vinho em alimento, como em muitos paises, o que levaria a uma boa redução nas aliquotas de impostos.
2)produtores e associações fazerem um trabalho dirigido ao consumidor procurando fazer com que haja um aumento significativo na media de consumo (litragem)

Como consumidor participo de degustações em lojas e percebo que na maioria das vezes elas são patrocinadas por importadora, dificilmente sou convidado para uma degustação com produtores nacionais a exceção é a Salton.

Para que as Associações que pregam a salvaguarda tenho uma sugestão, façam uma pesquisa para sber o porque o consumidor brasileiro, aumentou tanto o consumo de vinho importado, não fique apenas nos dados estatisticos, conforme a nota que eles publicaram.

Uma forma seria procurar juntar grupos de consumidores comuns, ( no maximo 8 em cada grupo)não os experts, os grandes sommeliers, os blogueiros, mais sim aquele cidadão comum, que compra o vinho para o dia a dia, no supermercado ou na loja especializada e fazer uma degustação ás cegas com aqueles vinhos que eles tanto querem proteger, e os importados que tanto os preocupam, e no final antes de revelar quais os vinhos, pedir uma nota para cada um deles e uma sugestão de valor para o produto consumido. Daí poderão realmente saber quem tem razão, eles com suas salvaguardas ou os consumidores que querem sim, produtos com qualidade e preços justos.

Se fizerem isto, tenho certeza que não será preciso nenhuma salvaguarda, desde que eles tenham a intensão de fazer o melhor para o vinho nacional, pois verão que terão que praticar preços mais justos para a qualidade doque oferecem, sem apelar para desculpas apelativas conforme esta sendo feito.

Alem disto tudo, salvagurada nenhuma irá fazer aumentar o consumo do vinho nacional, irá sim fazer diminuir o consumo de vinho no Brasil e aumentar mais ainda o consumo das cervejas importadas.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Surpresa?


Em 13 de Novembro li, no blog Escrivinhos da Fabiana Gonçalves , que um vinho do Paraná havia ganho um prémio, o que achei um tanto inusitado, pois sou um daqueles que acha que vinho nacional, não vale o que cobram, mais como a curiosidade matou o gato, enviei um "mail", para a Vinícola Franco Italiano, perguntando sobre os produtos e muito simpaticamente o Fernando me respondeu.
Daí fiz uma encomenda dos vinhos o CENSURATO e o SINCRONIA, alem de encomendar também os Espumantes Cuvee FI e MOSCATEL.
Recebi estes vinhos ontem, hoje não resisti a curiosidade e abri o SINCRONIA.

No contra rotulo diz:

"Sincronia traduz o equilíbrio e a harmonia existente na dicotomia dos fatores envolvidos na arte da elaboração deste vinho...os naturais: terra, clima e vinhedos e os humanos: paixão, dedicação e conhecimento dos enólogos.

Sincronia Merlot é um vinho tinto leve frutado que seduz pela sua cor viva e intensa. Seus aromas são a expressão dos frutos frescos como amora, o morango, a cereja e a jabuticaba mesclados com as especiarias como o cravo, as pimentas e o defumado. No paladar, é um vinho que se deixa beber com muita facilidade e mostra o equilibro e a sincronia de todos os seus componentes.

Este vinho é moderno e urbano, desenhado para ser degustado em todos os momentos, na descontração mais singela da conversa com amigos, na intelectualidade e a boemia da noite e no acompanhamento da descoberta do universo dos novos sabores da cozinha contempôranea."

O que posso dizer?, que esta certo?, que é tudo isto .

Como não tenho o conhecimento , o olfato e o paladar para confirmar tudo o que esta escrito, digo apenas que foi um vinho que me agradou muito e a Cida também, diria, que sorvi o liquido precioso, confirmando a cor intensa e bela, o aroma gostoso e profundo a permanência na boca, agradável e persistente e aquela vontade de quero mais.

Depois que a taça estava vazia e fazendo um esforço incrível para não abrir outra garrafa, sinto nela aromas que diria ser de defumado?, doce em pasta?, um achocolatado como disse a Cida? o que?, não sei só sei que quero mais.

E o melhor! este vinho custa apenas R$ 12,00, o que atrapalha um pouco é que tendo que pagar o frete o preço foi para R$ 20,00, bem empregados, o jeito é explorar o sobrinho que vai constantemente a Curitiba e pedir para ele me abastecer na "fonte"

Agora é conter a ansiedade e abrir talvez na quinta-feira o CENSURATO, um reserva safra 2005, que é o vinho premiado.

No meu criterio é um vinho que vale 5


sábado, 29 de novembro de 2008

Grande Experiência


Acho que tudo na vida é feito de tentativas, por isto lá vou eu, tentar dizer o que senti hoje apreciando um ótimo vinho.
Ganhei este vinho no evento de aniversário do
"Falando de Vinhos" do João Felipe Clemente, onde tive a sorte de ser premiado com 6 excelentes vinhos e 4 taças.
Fui saber o que existia sobre este vinho e descobri no www.vinhosweb.com.br que:
UVAS: Syrah, Cabernet Sauvignon, Merlot, Castelão. com grau alcoolico 13,6%
Estágio: 18 meses em barrica de carvalho frances e 18 meses em garrafa.
NOTAS DE DEGUSTAÇÃO: Aromas compelxos, cheios de notas frutadas e vegetais. Desenvolve aromas terciarios intensos ( café torrado): muita presença e elegância na boca, com taninos presentes, mas sedosos, e final de boca punjante. Esta é uma edição limitada e numerada: são 6266 garrafas no total ( a minha é 2192)
SERVIÇO E HARMONIZAÇÃO: Sirva-o a temperatura de 17 a 18ºC acompanhado de pratos marcantes, como um pernil assado, arroz de pato, bacalhau a Gomes de Sá.
O preço seria R$ 72,00 a garrafa.
Vinho Regional Terras do Sado
Produzido e engarrafado por Cachamoa - Cia de Vinhos e Azeites Ltda.
O que senti:
Servi a 18ºC, depois de decantar por talvez 30 min., já ao abrir senti os aromas marcantes na rolha, esta, no contato com a bebida adquiriu um tom roxo, muito intenso.
A cor era de um rubi, escuro, linda , as lagrimas no copo eram finas e em grande quantidade, o que costumo chamar de um vinho "chorão".
Como não sei distinguir nos aromas, as frutas, posso dizer que eram agradaveis, porém percebi o aroma da madeira, que era muito interessante e gostoso.
Na boca é um vinho marcante, denso, preenche a boca com uma intensidade muito interessante, e os taninos são equilibrados, pude sentir que ele permanece por um tempo razoavel, na boca, trazendo um paladar muito agradavel, acho que a definição de final de boca punjante, define bem.
No fundo do copo pude sentir depois de algum tempo o aroma de chocolate
Não harmonizei com nenhum dos pratos recomendados porém o fiz com uma linguiça de cordeiro na brasa, que ficou muito interessante.
Devo dizer que foi um dos melhores vinhos que pude apreciar.
A Cida, adorou, tanto que deu nota 5/5 e eu como acho que ainda não tenho conhecimento e não experimentei todos os vinhos possiveis, dou 4,5/5, porém com louvor.

domingo, 23 de novembro de 2008

Tentativas

Estou aqui tentando escrever, alguma coisa sobre este maravilhoso mundo do vinho, sinto "inveja", vejam que é no bom sentido, daqueles que tem a capacidade de descrever o sentimento e o prazer de degustar esta bebida maravilhosa.
No inicio do mês, mais precisamente no dia 5/11, tive o prazer e a honra de participar da comemoração do primeiro aniversario da coluna do Falando de Vinhos do João Felipe Clemente, isto graças a uma "dica", que o Alexandre do Diario de Baco, deu em seu blog, sobre o sorteio de convites.
Lá conheci um casal de Caçapava, (Dr. André e Dra. Juliana) que dividiram a mesa conosco (Eu e Cida), onde além de um papo maravalhoso pudemos degustar o Casilero Del Diablo, safra 2007, (Safra Histórica), que realmente esta maravilhoso.
E para completar a noite, tive a sorte de receber de presente 6 vinhos e quatro taças, os quais tentarei em breve descrever com os meus parcos conhecimentos.
Ufa, consegui escrever alguma coisa, talvez quem sabe poderei depois falar mais sobre os vinhos.

domingo, 27 de abril de 2008

Mais vinhos







Dia 23 passado tive a grata surpresa e o prazer de receber em casa a Andreia, esposa do meu sobrinho Charles, e para comemorar o fato, pedmos uma pizza e para acompanhar o papo, contar as novidades, falar sobre o que aconteceu, o que esta acontecendo e o que irá acontecer, abrimos dois vinhos que considerei muito bons,



Primeiramente abri um Chatenauf du Pape, Saint Clementine, 2005, que comprei no Carrefour em janeiro de 2008 e que estava esperando uma ocasião especial para poder degustar.


É a segunda garra de Chatenauf-du Pape, que abro, e é um vinho que muito me agrada, interessante é que não vejo muitos comentários sôbre esta DOC, talvez porque a maioria dos vinhos desta região sejam vinhos caros, o que não é o caso deste, pois paguei em promoção R$37,49, o que posso dizer que foi muito bem empregado.
Um vinho delicado com um sabor leve e agradavel, com presença o que faz com que se queira que a garrafa demore um pouco mais para acabar.
O que acho interessante nos Chatenauf é que são feitos com a mistura de 13 uvas.
Depois para continuar o papo abril um Evel 2002, uma surpresa tambem muito agradavel, trata-se de um vinho do Douro, que passa 6 meses em Barril de Carvalho, vinho com taninos bem equilibrados.
É um dos vinhos que com certeza voltarei a comprar, principalmente se encontrar a promoção que achei em jan 08, de R$ 34,98, paguei R$ 13,90, mesmo o preço cheio vale este vinho.













Ontem meu sobrinho Mark, esteve aqui e tivemos o prazer de abrir duas execelentes garrafas,
Primeiro abrimos um Cremaschi Furlotti Venere, 2003, trata-se de uma assemblage de 60% Carmenere, 20% de Syrah e 20% de Cabernet Sauvignon, já havia degustado este vinho em Fev 2008 com a Cida, e havianos aprecido muito, como sempre trata-se de vinhos de custo normalmente muito acima do padrão medio de meu consumo, porém aproveito as promoções que encontro, por esta garrafa, paguei R$ 59,49, quando o preço normal seria R$ 98,90, este vinho me foi indicado pelo Leonardo Sommelier do Carrefour D. Pedro.

Trata-se de um vinho com muito corpo, com a presença de taninos marcantes, com um balanço muito agradavel entre o alcool e a fruta.




Para encerrar a noite abrimos um vinho que na verdade tive dois motivos para comprar, primeiro porque havia tomado o Porta Gran Reserva e gostado, quando vi na mesma loja este Winemaker Casa Porta, que é um assemblage de 75% Carmenere e 25% Cabernet Sauvignon,fiquei curioso pois o preço R$18,95, esta na faixa dos vinhos que tenho degustado na maioria das vezes. Trata-se de um vinho com bom corpo, com aromas de frutas bem agradavel, boa persistência e sabor muito agradavel.
Realmente tenho tido a sorte de encontrar bons vinhos por preços
que não são uma exploração.




segunda-feira, 21 de abril de 2008

Mais vinhos

Na sexta-feira 18/04, tive a oportunidade de apreciar mais alguns vinhos, com a companhia agradavel de meu sobrinho Mark, além é logico, da companhia e opinião da Cida.
A noite começamos com o 120 da Santa Rita, um Sauvignon Blanc 2007, delicioso, um dia ainda vou ter o jeito e a coragem de fazer uma avaliação didatica.
Para acompanhar este vinho (veja bem eu ainda uso a comida para acompanhar o vinho e não o contrario), fiz um "Carpachio de Shitaque", receita que vi e copiei do Menu Confiança, um prato exotico é o minimo que posso dizer, porém gostei bastante, opinião que não foi compartilhada com a Cida.
O Mark, trouxe algumas linguiças temperadas, uma com pimenta levemente e a outra com rucula e tomate seco, além é claro de uma picanha escolhida a dedo.
Aí abrimos o Pata Negra Gran Reserva 1988, um Tempranillo/Airen, que eu tinha comprado em 01/03, numa ótima promoção ( R$38,80), explendido, um vinho como poucos que já bebi, e olha que ultimamente tem sido bastante só este ano ele foi o 49º.
A sede ainda estava alta abrimos então Parrales de Chilecito-Premiado 2005, um Cabernet/Syrah, que o Mark comprou por R$ 10,90, um vinho simples, sem expressão daqueles que entra na lista até para que não se compre novamente.
Diante desta decepção tivemos que finalizar com outra garrafa aí sim abrimos o Anubis-2005, um Malbec, que comprei em 29/02, também em promoção ( R$20,95), muito bom, comprei porque achei o preço interessante e porque havia lido que era um dos vinhos preparados por Suzana Balbo, considerada uma das melhores vinicultoras da Argentina, confesso que já no quarto vinho da noite fica um pouco dificil fazer uma analise criteriosa, porém é um vinho que tendo oportunidade voltarei a comprar.
Nos tintos a Cida não participou, abri para ela um Cantine.Di.Ora 2006, um Frascati, que ela definiu como decepcionante.