sábado, 3 de novembro de 2012

Mais uma bela surpresa


Hoje, experimentei a uva Chenin Blanc, uma ótima surpresa, a Cida preparou um camarão na manteiga e ao pesquisar  achei a indicação desta uva, como um excelente acompanhamento
Recorrendo ao meu amigo Marcelo, somellier do Empório JF de Vinhedo ele me indicou um vinho da região que é o símbolo da Chenin, - Vouvray no Loire – França.
O Marc Brédif –Vouvray 2006, um vinho excelente, tem um aroma muito agradável que lembra a pera e abacaxi. Na boca é denso, dá uma sensação de peso muito boa, e a persistência  é muito interessante.
 

"Especialista em deliciosos Vouvray (incluindo espumantes), Marc Brédif é uma impecável vinícola do Loire,
de propriedade do Baron de Ladoucette, um dos mais reverenciados nomes de toda a França.
Os vinhos de Marc Brédif encarnam algumas das mais puras expressões do terroir e personalidade
desta bela região. São vinhos de grande caráter e profundidade, com muita elegância e frescor,
na contramão dos vinhos pesados e superconcentrados. O ótimo Vouvray - uma clássica interpretação
da uva Chenin Blanc - é um branco "de dar água na boca" para a Wine Spectator, que o classificou
com a ótima nota 88 na safra de 2006."
 

Vi também que esta uva se adaptou bem na Africa do Sul, irei brevemente procurar descobrir algum vinho desta casta para poder apreciar.
Como li no Falando de Vinhos do João Clemente, num artigo escrito pelo Breno Raigorodsky, o mundo das uvas brancas não se limita ao Chardonnay e Sauvignon Blanc é preciso descobrir outras maravilhas.
A Chenin Blanc no meu paladar ficará ocupando um lugar importante como a Torrontes e a Verdejo.
 

sábado, 24 de março de 2012

A Salvaguarda

Criei este blog, porém a muito tempo não o atualizo, não conheço vinho o suficiente para fazer uma avaliação precisa daquilo que degusto, apesar de me considerar um consumidor com um volume bem acima da media , porém ao saber da tentativa das associações de produtores de criar barreiras para a importação fiquei irritado com mais esta forma de tratar sem respeito os consumidores.
Voltei a consumir vinhos a aproximadamente a 5 anos. Quando mais jovem havia consumido Sangue de Boi e eventualmente um ou outro vinho fino sem ter nenhuma noção, o luxo era poder uma vez ou outra em ocasiões especiais um Almaden.
Nesta volta comecei com Chateau Du Valier, pagando aproximadamente R$7,00 um ou outro Almaden, para ocasiões mais especiais um Seleção Miolo, pagando entre R$12,00 e 15,00
O problema (agradavel) que o vinho fino nos traz é que a medida que apuramos o gosto fica dificil retornar, assim, o vinho de 8, vira 15, vira 20 e devido o bolso, fica-se na media de 30
Nesta saga e graças a abertura que houve, pudemos experimentar novas uvas, (tempranillo, syrah,carmenere,pinot noir, etc), coisas que o vinho nacional não nos proporcionava.
Os vinhos nacionais que fogem do corriqueiro Cabernet Sauvignon e Merlot, tem um custo que extrapola em muito uma faixa razoavel, que a maioria dos consumidores podem pagar.
Daí o que fazer para que se consuma mais o vinho fino nacional, no meu ponto de vista:
1) transformar o vinho em alimento, como em muitos paises, o que levaria a uma boa redução nas aliquotas de impostos.
2)produtores e associações fazerem um trabalho dirigido ao consumidor procurando fazer com que haja um aumento significativo na media de consumo (litragem)

Como consumidor participo de degustações em lojas e percebo que na maioria das vezes elas são patrocinadas por importadora, dificilmente sou convidado para uma degustação com produtores nacionais a exceção é a Salton.

Para que as Associações que pregam a salvaguarda tenho uma sugestão, façam uma pesquisa para sber o porque o consumidor brasileiro, aumentou tanto o consumo de vinho importado, não fique apenas nos dados estatisticos, conforme a nota que eles publicaram.

Uma forma seria procurar juntar grupos de consumidores comuns, ( no maximo 8 em cada grupo)não os experts, os grandes sommeliers, os blogueiros, mais sim aquele cidadão comum, que compra o vinho para o dia a dia, no supermercado ou na loja especializada e fazer uma degustação ás cegas com aqueles vinhos que eles tanto querem proteger, e os importados que tanto os preocupam, e no final antes de revelar quais os vinhos, pedir uma nota para cada um deles e uma sugestão de valor para o produto consumido. Daí poderão realmente saber quem tem razão, eles com suas salvaguardas ou os consumidores que querem sim, produtos com qualidade e preços justos.

Se fizerem isto, tenho certeza que não será preciso nenhuma salvaguarda, desde que eles tenham a intensão de fazer o melhor para o vinho nacional, pois verão que terão que praticar preços mais justos para a qualidade doque oferecem, sem apelar para desculpas apelativas conforme esta sendo feito.

Alem disto tudo, salvagurada nenhuma irá fazer aumentar o consumo do vinho nacional, irá sim fazer diminuir o consumo de vinho no Brasil e aumentar mais ainda o consumo das cervejas importadas.